Em sua última fala no debate entre os candidatos ao governo de Minas Gerais, realizada na noite de terça-feira (2), o candidato Romeu Zema do Partido Novo, encerrou suas considerações finais pedindo votos para João Amoêdo, candidato à presidência por seu partido, e também para Jair Bolsonaro, do PSL.

"Aqueles que querem mudança, com certeza, podem votar aí nos candidatos diferentes, que são o Amoêdo e o Bolsonaro", disse o candidato que participou pela primeira vez de um debate de TV.

A declaração gerou uma resposta imediata do partido, que pelas redes sociais se manifestou contra esse posicionamento de Romeu Zema. “Consideramos pedido de voto a outro candidato, como fez Romeu Zema, infidelidade partidária, conforme previsto em nosso Estatuto. Trabalhamos dia e noite para que João Amoêdo chegue ao segundo turno e continue nos dando orgulho ao representar o que realmente significa ser NOVO”, publicou a conta oficial do partido, no twitter.

Questionado pela fala, Zema também explicou sua declaração logo após o término do debate. “O que eu quis dizer era que quem quer renovação aqui em Minas, tem a opção de votar no Amoêdo ou no Bolsonaro, e que votem em mim”, disse o candidato.

“Que fique bem claro essa minha declaração. Os eleitores do Bolsonaro tem uma proximidade grande com nossas propostas e como eles não têm um candidato para governador em Minas, estão se ligando muito a minha candidatura, isso que temos percebido e que eu quis dizer”, completou Zema.

Internamente no Partido, a declaração do candidato também precisou ser explicadas para os filiados do Novo. Ainda durante a madrugada eles receberam um comunicado do partido com a seguinte mensagem:

"O Romeu não quis dizer aquilo, ele acabou se confundindo. O que ele deveria dizer conforme orientação do coordenador de comunicação era que quem vota em Amoêdo ou Bolsonaro em Minas, só tem uma opção, Romeu Zema”.

Foi a primeira participação de Zema, nos debates. No Ibope divulgado nesta terça-feira (2), o canidato no Novo apareceu na terceira colocação, com 10%. Antonio Anastasia (PSDB) lidera com 31%, seguido por Fernando Pimentel (PT), com 21%