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Governo recorre ao Supremo contra suspensão de Lula na Casa Civil
Advocacia Geral da União alegou que cargo não pode ficar vazio na crise. Recurso foi protocolado em ação conduzida pelo ministro Gilmar Mend 24/03/2016

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresentou recurso nesta quarta-feira (23) contra decisão do ministro Gilmar Mendes, da semana passada, que suspendeu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro-chefe da Casa Civil.

O recurso pede que o próprio Gilmar Mendes conceda efeito suspensivo à sua decisão e que depois o caso seja levado ao plenário do Supremo. A peça não aborda decisão desta terça (22) do ministro Teori Zavascki que determinou o envio ao STF das investigações sobre o ex-presidente, por conta de gravações envolvendo outras autoridades.

Na peça, a Advocacia Geral da União (AGU) argumenta que "em período de notória crise política e turbulência institucional, não se pode manietar a Presidenta da República no seu típico espaço de discricionariedade na direção política", em referência à escolha da presidente Dilma Rousseff em chamar Lula para integrar o Executivo.

O recurso também nega que o objetivo da nomeação tenha sido livrar o ex-presidente das investigações da Operação Lava Jato. Na decisão, Mendes apontou que o ato buscou tirar o caso do juiz Sérgio Moro, da primeira instância, e levá-lo ao STF, o que poderia configurar "desvio de finalidade" por parte da presidente.

A AGU destaca que Lula não está condenado em qualquer instância, "muito menos
despido de seus direitos políticos" e que "mera existência de investigação ou ação penal em
curso não configura causa a obstar o ingresso" no ministério.

Sobre o argumento de que a decisão poderia aliviar as investigações contra Lula, a AGU diz que trata-se de premissa "inteiramente equivocada". "Adota pressuposto de que essa Suprema Corte seria leniente, menos capaz ou eficaz do que qualquer juízo inferior no processamento e julgamento das ações penais originárias, como que um loeus para proteção e impunidade", diz a peça.

Por fim, o recurso argumenta que a decisão de Gilmar Mendes "deixa em aberto o exercício de pasta ministerial absolutamente estratégica, com risco de graves prejuízos às ações governamentais".

A manutenção da decisão, acrescenta, deixa "acéfalo um Ministério da envergadura da Casa Civil, comprometendo a execução de uma série de políticas públicas e ações governamentais que necessitam da anuênica e/ou assistência daquela Pasta para a sua execução, além de retirar do cargo de Presidente da República a competência, que lhe é própria, de nomear um Ministro de Estado".
 


 

 

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