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Risco de rompimento é real’, diz Defesa Civil sobre Barão de Cocais
A elevação do nível de risco ocorreu após estudos de segurança na barragem a pedido da Vale, administradora da barragem 23/03/2019

 

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Coronel Godinho
Coronel Godinho concede coletiva para explicar riscos de rompimento da barragem da Vale em Barão de Cocais
Foto: Cristiane Mattos

O risco real de rompimento da barragem Sul Superior da mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, na região Central de Minas, levou as autoridades locais a soarem as sirenes de alerta às 21h30 dessa sexta-feira (22).

Devido à situação de colapso, a estrutura passou do nível 2 para o nível 3, o mais elevado, e alguns moradores da zona rural já foram retirados de suas casas.

De acordo com o tenente-coronel Flávio Godinho, porta-voz da Defesa Civil de Minas Gerais, a situação é preocupante. “O risco de rompimento é real. Ela pode se romper a qualquer momento, agora ou amanhã, ou nem se romper”, afirmou,  durante entrevista coletiva.

“Não houve o rompimento, mas podemos dizer que há o risco iminente, o risco de rompimento é real”, afirmou.

Veja a entrevista na íntegra

 

A decisão de aumentar o nível de risco da estrutura foi tomada após a Vale, responsável pela barragem, apresentar durante reunião com representantes de Defesa Civil de Minas Gerais, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Ministério Público de Minas Gerais, Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e Agência Nacional de Mineração (ANM), laudos de uma empresa de consultoria que apontaram maior risco de colapso da estrutura. A empresa adotou critérios mais conservadores para avaliar os riscos, segundo Godinho.

Um fiscal da ANM confirmou a informação na noite dessa sexta ao portal O TEMPO. “Eles chegaram à conclusão de que o fator de segurança está muito baixo e que, se tiver qualquer gatilho, a estrutura pode cair. Isso não significa que vai ter o rompimento, mas a empresa e todos os órgãos estão muito receosos”, afirmou a fonte.

Desde 8 de fevereiro, cerca de 480 moradores da zona de autossalvamento, mais próximo da barragem Sul Superior, foram retirados às pressas de casa durante a madrugada. Godinho explicou que, devido ao risco de nova tragédia, agora, foi feito um alerta a moradores de aproximadamente 3.000 residências, que ficam na zona secundária, onde a lama chegaria em no máximo 1 hora e 12 minutos, em caso de rompimento.

Para auxiliar esses moradores, sete viaturas do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram deslocadas ainda ontem para fazer uma vigília na região. “Se a barragem se romper, temos condições de retirar todas as pessoas antes de a lama chegar”, afirmou Godinho.

De acordo com ele, hoje e amanhã todos os moradores que estão na zona secundária passarão por treinamentos para saber o que fazer caso ocorra o rompimento. “Pessoas serão treinadas e orientadas para caso aconteça algum rompimento. Elas devem saber para onde se deslocar e quais pontos de encontro seguros”, explicou.

A Vale informou em nota que está adotando medidas preventivas para garantir segurança da barragem.  (Com Tatiana Lagôa)

 


 

 

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