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Homem-forte de Romeu Zema já foi delatado por Marcos Valério
Novo secretário de Governo foi citado como destinatário de caixa 2 de campanha em 98 22/12/2018

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Custódio Mattos
Custódio Mattos terá a missão de fazer a articulação do governo Zema na ALMG
PUBLICADO EM 22/12/18 - 03h00

Confirmado nessa sexta-feira (21) pelo governador eleito Romeu Zema (Novo) como secretário de Governo, o homem-forte da futura gestão no Estado, Custódio Mattos (PSDB), já foi vinculado mais de uma vez ao escândalo do mensalão tucano mineiro, que levou à prisão o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB).

Custódio apareceu na lista de repasses de suposto caixa 2 revelada na CPI dos Correios, que apurou o mensalão do PT, e foi o embrião da investigação sobre o esquema correlato em Minas Gerais. Posteriormente, no ano passado, seu nome foi incluído na delação do empresário Marcos Valério, que confirmou à Polícia Federal os repasses irregulares a uma série de políticos. Custódio Mattos aparece como destinatário de caixa 2 em 1998 e é citado junto com outros tucanos conhecidos como o ex-secretário de Governo de Aécio Neves (PSDB), Danilo de Castro. Em conversa com a reportagem de O TEMPO, Custódio afirmou que, na época da investigação, entre os anos de 2005 e 2006, ele prestou todas as informações requeridas e ficou provado que ele não tinha nenhum envolvimento com o esquema. “Isso já é coisa do passado, já está enterrado tem muito tempo. O Ministério Público (MP) denunciou, a Polícia Federal (PF) investigou e eu não fui indiciado. Está tudo esclarecido”, declarou.

A polêmica presente no passado de Custódio levou a críticas de eleitores e aliados de Zema logo que seu nome foi anunciado. Eles também demonstraram insatisfação com o fato de o ex-prefeito de Juiz de Fora ter sido secretário de Desenvolvimento Social no governo de Aécio Neves e Secretário Geral da Governadoria de Alberto Pinto Coelho (PP). O tucano também atuou no primeiro escalão da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), quando o chefe do Executivo era o Marcio Lacerda, na ocasião membro do PSB. Na gestão municipal, ele respondia pela pasta de Desenvolvimento.

Embora continue no PSDB, Custódio Mattos já tem confidenciado aos mais próximos que pretende deixar o partido. Em Juiz de Fora, seu grupo político é rachado com o do deputado federal Marcus Pestana, outro ex-secretário de Aécio Neves. A situação se agravou após o filho de Custódio, Rodrigo Mattos, presidente da Câmara de Juiz de Fora, migrar para o PHS.

De acordo com interlocutores, em princípio, Romeu Zema teria dito que o seu secretário de Governo seria o vice-governador Paulo Brant (Novo). Porém, Brant teria o alertado que essa não seria uma boa construção, usando a velha máxima de que “não é aconselhável indicar para o secretariado alguém que não se pode demitir”. Dessa forma, Brant teria indicado o nome de Custódio, de quem é próximo, para o cargo.

A carreira política de Custódio é extensa. Ele foi prefeito de Juiz de Fora, na Zona da Mata, por dois mandatos, sendo o primeiro entre os anos 1993 e 1996 e o segundo de 2009 a 2012. Em Brasília, foi deputados por quase 10 anos, de 1998 a 2007 e foi líder do PSDB na Casa. Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o tucano ficou por apenas dois anos, e deixou o cargo para concorrer à Prefeitura de Juiz de Fora.

Silêncio. Questionado sobre o processo de escolha e suas expectativas para o início de trabalho no governo, Custódio explicou que a pedido de Zema nenhum secretário está dando entrevistas.

Apesar de ser político, Custódio tem formação técnica

Formação. Além da carreira política, Custódio Mattos (PSDB) tem vasta formação técnica. Nascido no município de Bicas, na Zona da Mata, ele é formado em Direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Além disso, é mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas e em Ciências Sociais pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra.

Carreira. Custódio Mattos é aposentado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde trabalhou nas décadas de 70 e 80 como técnico de pesquisa e planejamento na área previdenciária.

Especialização. Além disso, ainda na década de 90, o futuro secretário de Romeu Zema especializou-se em gestão empresarial avançada para desenvolvimento de executivos pela Fundação Dom Cabral e pelo Institut Européen d'Administration des Affaires (Insead), na França.

Estatal. O político tucano ainda foi diretor do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), secretário de Desenvolvimento Social em Minas Gerais e de Desenvolvimento na capital mineira, onde também ocupou o comando da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU).

 
 

 


 

 

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