Depois de um laudo da Polícia Civil apontar existência de dietiglenocol na cerveja Belorizontina, da Backer, nessa quinta-feira (9), as garrafas da bebidas sumiram das prateleiras de supermercados e comércios no bairro Buritis. Em alguns locais, inclusive, a marca já não era comercializada desde o início da semana passada, quando os primeiros boatos de que a doença misteriosa que atingiu sete pessoas em Minas estava ligada à cerveja.
A reportagem conversou com dez estabelecimentos na região e, em todos eles, a Belorizontina não estava sendo comercializada. Um dos administradores revelou que desde o final do ano conversava-se no bairro sobre uma possível intoxicação envolvendo a marca e, já na virada de 2019 para 2020, o supermercado guardou as garrafas que tinha no depósito.
"Mas não acredito que seja por causa da cerveja. Tínhamos uma saída muito grande dela, vendia bem, foram quase 30 mil garrafas em dezembro", explica.
Ao menos metade dos estabelecimentos ofereciam promoções para cervejas artesanais de outras marcas – inclusive, da Bakcer. Alguma delas, com valores bem abaixo dos normalmente praticados. Contudo, os comerciantes negaram que a baixa no preço seja por causa das investigações envolvendo a cervejaria Backer. "É normal em janeiro, todo ano fazemos essas ofertas", conta um deles.