Paul Klee - Equilíbrio Instável, no CCBB | Foto: Acervo Zentrum Paul Klee, Berna
PUBLICADO EM 11/11/19 - 03H01
Carlos Andrei Siquara
Quem quiser avançar nos conhecimentos sobre o trabalho do artista suíço Paul Klee (1879-1940), cuja exposição “Paulo Klee: Equilíbrio Instável” segue em cartaz até o dia 18, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), terá a oportunidade de dar esse passo ao lado do artista e professor Mário Azevedo. Hoje e no dia 16, o especialista vai realizar visitas guiadas para grupos de até 20 visitantes, que deverão fazer inscrição prévia no site www.ccbbeducativo.com.
De acordo com Azevedo, há inúmeros pontos que podem ser explorados nos trabalhos de Klee, mas algo ressaltado por ele é a importância de ter em mente o jogo de nuances que permeia os trabalhos do artista.
“Você percebe que ele foi um artista racional, mas ao mesmo tempo também se aproximou do surrealismo. Ele teve uma passagem pela Bauhaus, conviveu com as culturas não europeias e trouxe muito desse conteúdo para o seu trabalho. Portanto, eu percebo que Klee é uma sujeito que foi, principalmente, acumulando sensibilidades. Ele foi estratificando as suas vivências de modo a encontrar novas maneiras de apresentar visualidades”, diz Azevedo.
O professor ressalta, em seguida, como Klee tensionou as fronteiras do fazer artístico da época, por meio do seu ofício.
“Klee é um sujeito que não se conforma com as técnicas de pintura sobre tela e inventa, inclusive, os seus próprios suportes. Então, o que eu queria passar para as pessoas, principalmente, é essa especificidade da produção dele que traz elementos de várias das escolas modernistas, mas ele não fica em nenhuma delas”, conclui.