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Barão de Cocais: talude já se movimenta 16 cm por dia em ponto mais crítico
O talude deve ceder ainda neste fim de semana, mas não é possível prever se seu rompimento impactaria na estabilidade da barragem 25/05/2019

Barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais

Barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais
Foto: Vale/Reprodução

Com deslizamento total previsto para acontecer neste fim de semana, o talude norte do complexo minerário de Gongo Soco, em Barão de Cocais, região Central de Minas, está se movimento 16 centímetros por dia no ponto mais crítico desde a noite de quinta-feira (23).

A informação é da Agência Nacional de Mineração (ANM) e, nos demais pontos da estrutura, a velocidade já chega a 12,5 centímetros por dia. 

Sendo assim, é reforçada a expectativa de que o talude ceda ainda no fim de semana. Em coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (24), o tenente-coronel Flávio Godinho, porta-voz da Defesa Civil de Minas Gerais, confirmou que a velocidade média de deslocamento da estrutura gira em torno de 12 centímetros. 

O rompimento do talude não necessariamente implica na ruptura da barragem Sul Superior, que figura no nível 3 da classificação de risco - momento em que a estrutura colapsa.

"O risco é que a vibração gerada pelo rompimento do talude seja gatilho e influencie na segurança da barragem. Mas isso não tem como prever", explica Wagner Nascimento, chefe da Divisão de Segurança de Barragens de Mineração da ANM. 

Se a barragem se romper, o mar de lama chegaria em Barão de Cocais em cerca de uma hora. Comunidades localizadas junto à zona de autossalvamento seriam rapidamente inundadas. Essa área, onde não seria possível resgatar os moradores, já foi evacuada no dia 8 de fevereiro. 

Não à toa, a Vale informou em comunicado enviado à imprensa que tanto o talude quanto a barragem Sul Superior estão sendo monitorados 24 horas por dia. 

A mineradora "reforça que não há elementos técnicos que possam afirmar que o eventual deslizamento de parte do talude poderia desencadear a ruptura da barragem", ressalta. 

Movimentação atípica

Há sete anos, o talude norte se desloca cerca de 10 centímetros por ano, uma medida considerada aceitável para uma cava tão profunda. No entanto, há pouco mais de um mês, a velocidade aumentou para cinco centímetros por dia e, por isso, foi calculada a previsão de ruptura entre os dias 19 e 25 de maio. 

O aumento na aceleração da movimentação obrigou a ANM a interditar e suspender todas as atividades na região em 17 de maio. 

No dia 15, a Vale já tinha alterado o itinerário do trem de passageiros da linha Vitória-Minas. Os carros seguiam caminho próximos à cava e, agora, o transporte acontece pelo meio rodoviário de Belo Horizonte a Barão de Cocais e também o contrário.

Cinco dias depois, a mineradora interrompeu o transporte de carga que passa pela mesma ferrovia. A barragem, a cava e todas as obras no complexo minerário estão paralisadas desde 2016. 

 


 

 

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