O recolhimento dos cães é gerido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Segundo a veterinária e diretora do Setor de Zoonoses de Itabira, Luciane Albano, os nove animais castrados são da própria região do Centro de Castração, pois não precisaram ser pegos com a carrocinha. “Não temos como castrar os animais da cidade, pois não temos a carrocinha”, afirmou a veterinária, em tom de lamentação.
Após a queixa da veterinária, DeFato Online entrou em contato com o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Geraldo Roberto Ferreira da Silva "Véio”. De acordo com ele, as castrações estão sendo realizadas primeiro nos animais da região do Aterro. O secretário garantiu que ainda a partir desta semana “a carrocinha recolherá normalmente os animais da cidade”.
O Centro
O Centro de Castração atende a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o município e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais. O espaço funciona entorno do Aterro Sanitário, na região do Borrachudo, às margens da estrada que liga Itabira ao distrito de Ipoema.
O Centro também realiza testes de doenças, como de leishmaniose e raiva, nos animais de ruas. Além de castrados, os animais saem do centro sadios, vermifugados e vacinados.
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Luta
O Centro de Castração Municipal foi conquistado após muitos anos de luta pela Secretaria Municipal de Saúde, Associação Municipal de Proteção Animal da Região de Itabira (Ampari) e por defensores da causa animal. Cansados de ver inúmeros animais abandonados pelas ruas de Itabira, diversas pessoas lutaram para a construção do Centro de Castração, que alivia a situação, tratada como problema de saúde pública em Itabira.
A veterinária Luciana Albano informou que a obra, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, custou cerca de R$ 50 mil. O gasto bruto com cada animal castrado será na faixa de R$ 29 e o novo Centro terá capacidade para abrigar 15 animais por vez. Já que hoje Itabira não possui um lugar adequado para manter animais de rua, eles serão castrados e devolvidos para o local de origem.
Agora, a construção de um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ou um canil municipal também é muito aguardada no município, que não possui lugar para abrigar os animais de rua.
Adoção
Após passar por cirurgia, os bichos permanecem em recuperação na unidade de castração, por até cinco dias, em média. Nesse período, eles podem ser adotados pela comunidade. Caso isso não ocorra, eles retornarão à origem: a rua.
Pessoas interessadas em adotar os animais podem entrar em contato através do telefone (31) 3839-2643.
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