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Suicídio cresce no país, fica estável em Minas e cai em BH
São 3,5 casos por dia no Estado e 35 no Brasil, que vê número de tentativas disparar 21/09/2018

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Governo e sociedade se mobilizam para reduzir ocorrências com conscientização
PUBLICADO EM 21/09/18 - 03h00

Minas Gerais teve aumento de 15% nas tentativas de suicídio por intoxicação exógena (uso de medicamentos e venenos) em 2017, na comparação com 2016. Num período de dez anos até 2017, o número desse tipo de ocorrência cresceu 662% – no país, a expansão também foi expressiva, mas um pouco menor: 500%.

A intoxicação exógena é responsável por mais de 50% dos casos de autoextermínio no país, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (20) pelo Ministério da Saúde em função da campanha “Setembro Amarelo”, mês dedicado à prevenção do suicídio.

O país teve 11.433 mortes por essa causa em 2016, o equivalente a 31 casos por dia. Em relação a 2015, o aumento foi de 2,3%. Em Minas Gerais, o número ficou praticamente estável, passando de 1.302 para 1.303 registros de um ano para o outro. Por dia, são 3,5 casos, em média, no Estado.

 

A boa notícia fica por conta da capital mineira, que teve uma pequena redução. Em Belo Horizonte foram 139 casos em 2016, quatro a menos do que em 2015, de acordo com o boletim divulgado pelo ministério.

“Estimamos um subdiagnóstico de 20% de mortes por suicídio. Temos ainda óbitos que são classificadas como de intenção não determinada, e não sabemos se foi um acidente ou uma tentativa de suicídio que levou à morte”, afirma a diretora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Fátima Marinho. Para ela, trata-se de “um importante problema de saúde pública, não só no Brasil como no mundo”.

Ela lembra que a taxa tem sido maior entre homens, grupo que apresentou crescimento de 28% em dez anos. Atualmente, a taxa de mortalidade entre esse grupo é de 9,2 casos a cada 100 mil habitantes. Já entre as mulheres, é de 2,4 a cada 100 mil habitantes. Nas tentativas de suicídio, mulheres são maioria.

Segundo Fátima, a pasta pretende aprofundar os estudos sobre fatores de risco. Entre alguns deles, estão o desemprego e casos de violência contra as mulheres.

Em média, o Brasil registra 12 mil internações por ano por intoxicação intencional, com custo de R$ 3 milhões/ ano. Com o mesmo valor, seria possível custear o funcionamento de oito centros de atenção psicossocial.

“Conversar sobre como agir nessas situações é fundamental para quebrar os mitos. A sociedade precisa estar orientada em relação as modalidades de tratamento para que as pessoas possam ter o cuidado de acordo com a necessidade clínica”, ressaltou o coordenador de Saúde Mental do ministério, Quirino Cordeiro. (Com Thuany Motta e agências)

Restrição a venenos

A diretora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Fátima Marinho, defendeu a adoção de políticas que restrinjam o acesso a pesticidas e raticidas como forma de se prevenir casos de suicídio. Entre as medidas sugeridas, está a proibição da venda desses produtos em pequenas embalagens.

2 milhões de ligações

Desde julho deste ano, as ligações para o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atua na prevenção ao suicídio, passaram a ser gratuitas. O serviço está disponível por meio do telefone 188 de forma gratuita. Todas as ligações são sigilosas. Em 2017, 2 milhões de ligações foram recebidas pelo 188.

Saber e prevenir

O que nunca se deve fazer

Condenar ou julgar.

Banalizar as justificativas apresentadas.

Opinar e dar sermão “Você quer chamar a atenção”, “te falta Deus”.

Clichês de incentivo: “Levanta a cabeça, dê a volta por cima e deixe disso.” Imagine quantas vezes ele próprio repetiu essas platitudes para si.

O que deve ser feito

Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio.

Deixe a pessoa saber que você está lá para ouvir. Ouça-a com a mente aberta e ofereça o seu apoio.

Incentive a pessoa a procurar ajuda profissional 8 Assuma como um compromisso utilizar todas as suas habilidades para colocar essa pessoa na mão de um profissional de saúde, de preferência um especialista na área.

Se concluir que a pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha.

Procure ajuda de emergência, serviço telefônico de atendimento a crises, profissionais da área ou consulte familiares.

Se a pessoa vive com você, assegure-se de que não terá acesso a meios ou ferramentas para atentar contra a própria vida.

Fique em contato, veja o que a pessoa faz e como está.

Fonte: Cartilha publicada pelo Ministério da Saúde

 


 

 

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