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Apesar de necessária, terapia hormonal ainda é tabu para homens
Queda da produção ocorre em 15% na faixa etária de 50 a 60 anos 13/08/2018

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Especialista. Não procurar ajuda médica pode levar a quadros de cansaço e fadiga crônica e o risco de infertilidade
PUBLICADO EM 13/08/18 - 03h00

De repente, o corpo é invadido por uma onda de calor muito forte e sudorese intensa. Assim como as mulheres, após determinada época da vida, os homens também podem apresentar uma queda natural no nível do hormônio sexual – que, no organismo deles, é a testosterona. A situação, em alguns casos, pode se tornar um problema que precisa ser tratado com reposição hormonal, procedimento que ainda é visto como tabu no universo masculino. 

A deficiência androgênica (diminuição gradual da produção do hormônio masculino) está presente em aproximadamente 15% dos homens entre 50 e 60 anos, chegando a 50% ou mais dos homens com 80 anos, conforme dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). 

A testosterona no homem, explica a presidente da Sbem Minas Gerais, Beatriz Soares Rocha, tem basicamente, funções do ponto de vista sexual: aumenta a massa muscular e a densidade mineral óssea e melhora a disfunção erétil. 

Quando ocorre a queda nos níveis do hormônio masculino, o homem pode apresentar falta de interesse sexual e concentração, perda de pelos, ganho de peso, irritabilidade, insônia e dificuldade de ereção. No entanto, doenças como a obesidade, o diabetes e outras comorbidades, como o quadro depressivo, também causam sintomas que são relacionados ao hipogonadismo (quando os testículos produzem pouca ou nenhuma testosterona e espermas), o que dificulta o diagnóstico. 

“Os sintomas podem ser às vezes inespecíficos, não necessariamente toda situação de queda de libido, impotência e disfunção erétil têm uma relação direta com o hipogonadismo. Por outro lado, a queda natural por causa do envelhecimento do homem também não tem que ser necessariamente ser tratada”, afirma Beatriz.

Conforme a presidente da Sbem-MG, no Brasil, os métodos mais usados para se fazer a reposição hormonal masculina são a testosterona injetável intramuscular ou em gel. Também existem tratamentos orais. Já em relação aos implantes hormonais, Beatriz diz que é preciso ter cautela. 

“Uma vez que se faz a implantação, é difícil, eventualmente, suspender a hormonização. É um tratamento um pouco mais definitivo e que pode ter a liberação de uma dose não programada”, afirma. 

Segundo Beatriz, existem estudos que sugerem que alguns homens de meia- idade, com o envelhecimento, podem se beneficiar do uso da testosterona, mas isso ainda não é uma rotina, não é a regra. “Não há uma indicação de se fazer o rastreio de maneira universal, simplesmente pela envelhecimento nos homens, em relação à testosterona”, diz.

Apesar dos avanços, a reposição hormonal masculina ainda é vista como tabu. “Principalmente porque vem associada a história dos fatores de risco, como o câncer da próstata, mas, novamente, quando é bem indicada ela é necessária e faz parte de uma terapia hormonal como qualquer outra do ponto de vista endocrinológico”, diz Beatriz.

Estilo de vida

Prevenção. Dieta equilibrada, prática de exercícios físicos regulares, boa qualidade do sono e não fumar são recomendações que podem retardar ou impedir a deficiência de testosterona.

Contraindicações e riscos:

Entre as contraindicações para terapia hormonal masculina estão casos suspeitos ou confirmados de câncer de próstata ou de mama masculina.

Estudos mostram que a reposição de testosterona nos homens pode piorar a situação de apneia noturna.

A situação cardiovascular ainda é controversa. Algumas pesquisas sugerem que pode ter uma piora cardiovascular; outras sugerem eventual benefício.

Flash

Mau uso. Conforme orientações de profissionais da área da saúde, as medicações para reposição hormonal masculina não devem ser usadas para ganho muscular ou melhora do desempenho atlético de maneira abusiva. Elas podem causar graves efeitos colaterais e sérios danos à saúde.

 


 

 

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