Respeitando a tradição, centenas de pessoas foram ao Largo de Brumal, no dia 1º de julho, para prestigiar a Cavalhada, ponto alto da festa. O espetáculo, que é patrimônio imaterial do Município, teve início com a entrada dos cavaleiros e o estandarte de Santo Amaro e seguiu com duas embaixadas, levantamento do mastro, execução de outras duas embaixadas, entrelaçamento das fitas, a realização de uma série de movimentos com os cavalos e desfile de despedida com show pirotécnico, encantando o público presente.
No sábado, a festa também foi marcada por muita animação e grande público. Direto de Goiânia, a jovem sensação do sertanejo tomou conta do palco de Brumal com o show Esquenta do Felipe Araújo. Numa noite fria de inverno no balneário, ninguém ficou parado ao som de A mala é falsa, Amor da sua cama, Chave Cópia e Ainda sou tão seu, o novo sucesso do artista. Felipe Araújo arrastou uma multidão que cantou junto com ele as canções do momento.
Como manda a tradição, a festa teve uma intensa programação religiosa e cultural, com missas, novena, terço, procissão, repicar dos sinos, alvorada, carreata de Santo Amaro, barraquinhas de comidas e bebidas típicas e festas caipiras, além dos shows com a dupla Jeff e Alex e Clever Paulo. O 5º Pedal Solidário foi a grande atração da manhã de domingo (1º), saindo do Parque Recanto Verde e do Largo de Brumal, reunindo um público de todas as idades.
Em 2018, a festa foi marcada por recorde de público, tanto nos shows, quanto na tradicional Cavalhada.
A Cavalhada
A Cavalhada surgiu em 1937 e, ao longo desses 81 anos de história e fé, o povo de Brumal mantém viva a tradição e simbolismo da luta entre mouros e cristãos durante as cruzadas da idade média.
A história começou quando o tropeiro Jorge da Silva Calunga se mudou para Brumal no ano de 1936. Ele já participava da Cavalhada de Morro Vermelho, em Caeté, onde morava antes, e prometeu a Santo Amaro que realizaria uma festa no distrito de Santa Bárbara, caso o seu filho fosse curado de uma doença.
Jorge alcançou a graça e passou a realizar, todo ano, a cavalhada em homenagem a Santo Amaro. A primeira foi organizada junto com o compadre dele, Amaro Antônio Luiz.
Atualmente, a tradição se mantém coordenada por Divino Lúcio Luiz, filho de Amaro e afilhado de Calunga.